sábado, 24 de outubro de 2009

Sentidos

Continuando o post do ATP....




O cheiro parecia doce,
o gosto se perdia suave,
pulsava na boca o gosto
querendo se expressar, pulsava
o tato rebelde, áspero, forte
percorria cada parte,
milímetros abaixo e acima de toda parte,
sons abafados se ouvia
e por fim se via.

De olhos fechados dava pra ver
sensações percorrendo corpo,
o corpo procurando sentir...
o gosto na ponta da língua,
o cheiro salpicado no ar,
sons do blues de outros tempos,
o tato, toque frio,
olhos observando o arrepio

4 comentários:

  1. O toque, os gostos, cada cheiro, olhar atento mas também fechar os olhos para sentir tudo em volta, perceber cada detalhe...

    Bacana o post duplo!
    Beijo

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  2. Caramba, adorei essa idéia de poema falado! muito bom mesmo =D

    Você tem uma voz linda, que dá arrepios...

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  3. Você parece estar mastigando o poema, de tão palatar que ele é... você leu A Divina Comédia recentemente?

    "o tato rebelde, áspero, forte" (Samuel).

    "Esta selva selvaggia e aspra e forte" (Dante).

    Há algum tempo pretendo colocar vozes na Teia, mas ainda não concebi bem o que vai ser, talvez um podcast... vou experimentar algumas coisas e ver o que dá certo.

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  4. Excelente Samuel, sensibilidade à flor da pele.

    Versos corretíssimos, você leva jeito, mesmo!

    Tenho sentido falta a sua presença no meus blogs.

    Passa lá para tomar um chope, ok? (rs).

    Um abração carioca.

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